segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Vencedores, empatas e vencidos

Comecemos pelos últimos.
1.º - Abstenção
Mesmo que milhares de mortos continuem inscritos nos cadernos eleitorais, não se compreende o número dos não-votantes. Vou admitir que 10% dos abstencionistas são contra as eleições. Direito que respeito. E os restantes? Quantos deles, hoje, amanhã e depois sairão à rua em protesto contra um futuro Governo?
2.º - PCP e adererências
Perdeu, por uma unha negra, para o Bloco de Esquerda. Convirá esmiuçar os resultados. Um deputado de diferença. Louçã e os seus correlegionários apenas souberam vender melhor a sua imagem nas zonas urbanas...
3.º PSD
Admitindo, como certo, que o PSD vence as autárquicas, nada, mas mesmo nada poderá disfarçar a estrondosa derrota sofrida por Ferreira Leite. Começou a noite dos "facas longas"...

Vamos aos empatas
1.º PS
Venceu as eleições. Mas perdeu milhares e milhares de votos e mandatos, especialmente para o Bloco de Esquerda. Sócrates será, em princípio [nunca se sabe se Cavaco Silva mandou escutar este oráculo] o próximo primeiro-ministro, o que o obrigará a um esforço titânico de negociação permanente. Coisa para a qual não está vocacionado e, muito menos, habituado.

Vencedores incontestados
.1º - Paulo Portas e o CDS-PP.
Ganhou votos e mandatos. Cotou-se, ainda que efemeramente, como a terceira força política do país. Apesar de tudo, foi bonito evocar todos os líderes do partido. Sem excepção. Lucas Pires e Freitas do Amaral incluídos. Para ser verdadeiro, hoje mesmo, os retratos destes dois políticos deverão ser pendurados na sede nacional do partido. Caso contrário, dr. Portas...
.2º - Bloco de Esquerda
O discurso de Louçã foi esclarecedor...

2 comentários: