quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Visita obrigatória

É de um amigo. De outrora. Mas sempre presente...

http://gaspardejesus.blogspot.com/

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Vesguice

Cavaco Silva decidiu interromper o jogo do Barcelona para, segundo o site de Belém, falar aos jornalistas. Não ao país, mas sim aos jornalistas. Isto no pressuposto de que os jornalistas saberiam ou saberão transmitir a mensagem - se a houvesse - ao país.
Cavaco alinhou uma série de frases destinadas a enaltecer o seu sentido de Estado. Protegeu, ao contrário do que muitos entenderam, o seu assessor Fernando Lima.
Imputou responsabilidades ao PS e ao Governo pelas fugas de informação, designadamente quanto à colaboração de elementos da "sua" Casa Civil, seguramente nas horas vagas, na redacção do programa eleitoral do PSD. Finalmente, concluiu o douto inquilino de Belém que o sistema informático evidencia debilidades.
Quanto à essência da matéria, retive apenas uma insinuação, segundo a qual o Público teria inventado tudo e que Fernando Lima teria falado com Luciano Alvarez a título pessoal.
Senhor presidente da República, por favor não faça de mim e de todos os outros idiotas. Sou cidadão de Portugal, pago impostos, não tenho cadastro e, assim sendo, gostaria que não me desconsiderasse deste modo.
O senhor presidente da República colaborou na inventona das escutas. Se a inventou ou não, isso será irrelevante. Que Fernando Lima não espirra sem seu conhecimento e/ou autorização, parece ser um dado adquirido.
Que assessores seus colaboraram na redacção do programa eleitoral do PSD esse é um facto indesmentível. Bastaria ter consultado a página electrónica do seu partido. Que ajudou até ao limite do possível Ferreira Leite é outra constatação. Que saltou do barco quando se apercebeu da iminente derrota, também é indesmentível.
Ficamos pois sem saber a verdadeira história das escutas. Do Público, de Fernando Lima e do próprio PR.
A leitura pessoal que V. Exa. fez dos acontecimentos é, no mínimo, vesga. E enganadora...

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Pedido de esclarecimento

Senhor presidente da República.
Muito agradecia que V. Exa. me pudesse esclarecer o "caso das escutas". É que se não o fizer, em tempo útil - e não me venha com essa "tanga" do período eleitoral - poderei com toda a razão duvidar da veracidade das suas palavras.
Já agora: quando o fizer, importa-se de não levantar o dedo indicador da mão direita - como se me estivesse a ameaçar com uma reprimenda ou um açoite - e dar-me uma lição idiota sobre o valor e obrigação do voto?
(já agora: o voto não é uma obrigação mas sim um direito)
PS: o período do "tempo útil" termina no final desta semana, e não no final de Outubro, data em que JMF sai da direcção do jornal de referência, sim???

Vencedores, empatas e vencidos

Comecemos pelos últimos.
1.º - Abstenção
Mesmo que milhares de mortos continuem inscritos nos cadernos eleitorais, não se compreende o número dos não-votantes. Vou admitir que 10% dos abstencionistas são contra as eleições. Direito que respeito. E os restantes? Quantos deles, hoje, amanhã e depois sairão à rua em protesto contra um futuro Governo?
2.º - PCP e adererências
Perdeu, por uma unha negra, para o Bloco de Esquerda. Convirá esmiuçar os resultados. Um deputado de diferença. Louçã e os seus correlegionários apenas souberam vender melhor a sua imagem nas zonas urbanas...
3.º PSD
Admitindo, como certo, que o PSD vence as autárquicas, nada, mas mesmo nada poderá disfarçar a estrondosa derrota sofrida por Ferreira Leite. Começou a noite dos "facas longas"...

Vamos aos empatas
1.º PS
Venceu as eleições. Mas perdeu milhares e milhares de votos e mandatos, especialmente para o Bloco de Esquerda. Sócrates será, em princípio [nunca se sabe se Cavaco Silva mandou escutar este oráculo] o próximo primeiro-ministro, o que o obrigará a um esforço titânico de negociação permanente. Coisa para a qual não está vocacionado e, muito menos, habituado.

Vencedores incontestados
.1º - Paulo Portas e o CDS-PP.
Ganhou votos e mandatos. Cotou-se, ainda que efemeramente, como a terceira força política do país. Apesar de tudo, foi bonito evocar todos os líderes do partido. Sem excepção. Lucas Pires e Freitas do Amaral incluídos. Para ser verdadeiro, hoje mesmo, os retratos destes dois políticos deverão ser pendurados na sede nacional do partido. Caso contrário, dr. Portas...
.2º - Bloco de Esquerda
O discurso de Louçã foi esclarecedor...

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Fáchavor?

Terminada mais uma campanha eleitoral que, a meu ver, foi paupérrima, importa reflectir sobre o que virá a seguir.
Não faço ideia qual será o partido vencedor, nem sequer qual a futura solução governativa.
Para já, isso pouco importa.
Importa sim escrutinar o papel do Presidente da República neste período pré-eleitoral.
Falou do que devia e muito mais falou do que não devia. Quando devia ter falado, calou-se. Posto perante a evidência de um filme de ficção, Cavaco Silva optou por colocar Fernando Lima numa prateleira. Mas Belém continua a alimentar suspeitas.
José Manuel Fernandes abandona - a seu pedido ???? - a direcção do diário de referência. Fernando Lima fica em banho-Maria. Cavaco cala-se.
E nós? Ficamos também em silêncio????

PS: Não me lembro de outro PR que jogasse e interferisse tanto numa campanha legislativa. Principalmente porque tudo não passou de uma jogada de antecipação para antecipar um próximo combate com Manuel Alegre...

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Inteiramente de acordo

http://mediascopio.wordpress.com/2009/09/20/duvidas-no-caso-das-escutas/

Joaquim Fidalgo foi um dos fundadores do Público...

Cavaco asfixiado

Cavaco Silva decidiu exonerar Fernando Lima, seu assessor há mais de vinte anos, dois dos quais passados na direcção do Diário de Notícias. (para onde regressará, como se nada tivesse acontecido)
Fê-lo numa pura manobra táctica para se safar de uma marosca idiota que decidiu montar entre os seus e com os seus e entregar a execução a Fernando Lima.
Lima nem sequer fez um mau papel. Homem fiel a seu dono, apenas teve de telefonar aos seus amigos do Público que, para o efeito, se dispuseram a tudo...
Dossiers (dossiês, para os puristas) para trás, dossiers para a frente, um douto editor do "diário de referência", mancomunado com José Manuel Fernandes montaram a tramóia e, para granjear credibilidade, aproveitaram para envolver o correspondente na Madeira. Que, aparentemente, cumpriu o o que lhe terá sido pedido, mas cujo resultado final não agradou ao director do Público.
Assim sendo, um ano depois, o Público repesca o assunto e elabora duas manchetes vazias, quatro páginas de ficção, plenas de insinuações idiotas e completamente ilegíveis.
O visado, há sempre um, reagiu e enviou um protesto ao provedor do leitor, Joaquim Vieira.
Este investigou e... foi o que se viu.
Duas páginas violentíssimas a criticar José Manuel Fernandes que, em vez de se demitir - única atitude digna e honesta -, aproveitou para vasculhar o correio electrónico de vários jornalistas chamar mentiroso ao provedor. (leiam, pf,com atenção o blog do provedor)
No meio disto tudo, o Correio da Manhã fez o que lhe competia e noticiou que Cavaco havia encomendado à tropa uma vistoria às comunicações no Palácio de Belém, já que o SIS, entidade realmente competente para a tarefa, dependia do primeiro-ministro e, como tal, não merecia confiança.
Esta terá sido a última tarefa de Fernando Lima.
Negada a notícia pela própria tropa, a Cavaco Silva que, a todo o custo tentou manter à tona do lodo a possibilidade das escutas, não mais restava - quanto mais não seja para não ficar ligado a uma manobra tosca e de mau gosto - que exonerar o seu fiel dedicado assessor.
Pela minha parte, estou esclarecido. Cavaco Silva é capaz de tudo. Como quase todos. Principalmente agora que, face aos possíveis resultados das próximas eleições, corre um sério risco de ser apeado do Palácio de Belém por Manuel Alegre. (venha o diabo e escolha...)

Lamento dizê-lo: perdi o respeito por Cavaco Silva. Também nunca gostei dele. Porque, e disso tenho a certeza absoluta, Fernando Lima não fez mais que cumprir escrupulosamente as orientações do "chefe".
Assim sendo recomendo-lhe o uso de Budesonido Budiar e Ventilan (inaladores) para combater a asfixia e se vive no Palácio de Belém...

PS: Na Redacção do "diário de referência", de onde partiu a fuga informativa para o DN, o ambiente é de cortar à faca. Consta-se, nos mentideros da profissão - que foi minha durante algumas décadas - que Belmiro de Azevedo terá decidido avocar o assunto e admite despedir muitos dos intelectuais afectos ao extinto director...

sábado, 19 de setembro de 2009

Arquivo do www.tortoedireito.blogspot.com

A "ética" jornalística de JMF é intemporal.
Já em 2005, era assim.

Segunda-feira, Janeiro 10, 2005
JMF e as listas

José Manuel Fernandes publicou, há dias, um surpreendente, ou talvez não, editorial. Nele, o director do PÚBLICO entendeu glosar os processos e a composição das listas de candidatos dos dois maiores partidos: PPD-PSD e PS. No caso do primeiro, Santana parece ter contagiado tudo e todos. Aquilo parece um filme dos irmãos Marx. Um dia entram uns, saem outros tantos, por pouco que não andam ao estalo e o inenarrável José Raul dos Santos, presidente da Câmara Municipal de Ourique, município que, como se sabe, faz fronteira com Gondomar, será candidato pelo Porto. No PS, o processo, apesar de aparentemente mais pacífico, também foi hilariante. Mas voltemos ao referido editorial. Sob o título "As listas socialistas", JMF diz no lead: «Se as listas do PS foram feitas para que voltássemos "a acreditar", então falharam rotundamente». É verdade! Porém, na primeira linha escreve JMF: "As listas o PSD são uma gargalhada"... Depois, silêncio absoluto. São mais 71 linhas a desancar, infelizmente nem sempre com suporte intelectual, mas fruto de processos de intenção, nas listas do PS. Em parte, se calhar em 60 ou 70 por cento, JMF tem razão. Mas vejamos a insídia: "Primeiro, Paulo Pedroso. Mesmo os que estão convictos da sua inocência, mesmo os que simpatizam com ele – assuntos sobre os quais não temos opinião nem deveremos pronunciar-nos"... Se isto não é um processo de intenção condenatória, vou ali e já venho. (Aliás estou convencido que um bom advogado poderia levar esta afirmação a juízo...) Esperava que JMF escrevesse o mesmo de Tavares Moreira, Cruz Silva e, já agora, de António Preto, todos do PSD. Para já, são todos inocentes. Serão sempre isto, até trânsito em julgado de sentença condenatória. No caso de Pedroso, nem isso. Até ver, nem sequer foi pronunciado... Portanto, se JMF não tem opinião nem se quer pronunciar sobre Pedroso, mandaria a (boa) ética política e, sobretudo, jornalística, que se abstivesse de abordar tal assunto. Tudo isto em nome dos muitos princípios que JMF enuncia publicamente até à exaustão.
PS: Acabo de saber que Joaquim Furtado abandonou a provedoria do leitor do PÚBLICO... Indícios a mais...
// posted by J. @
02:28

PS: primeiro negou a veracidade do e-mail divulgado pelo DN. Depois questionou a segurança do sistema informático e de comunicações do jornal. O que é chato, dado que quem lhe paga o principesco ordenado é, também, operador de telecomunicações. Finalmente, anuncia um inquérito interno, dado que 10 (dez) jornalistas teriam conhecimento da tramóia...
Por favor, não será possível internar este personagem de opereta?

PS2: O Preto já por aqui andava...

Registo

José Manuel Fernandes ainda não se demitiu da direcção do PÚBLICO.
O jornal teve o desplante de reproduzir apenas parte das declarações de Belmiro de Azevedo sobre o assunto "Fernando Lima".
Aqui fica o registo que mais interessa:
"Não tenho nenhuma influência directa no Público. Só tenho um desejo para o Público: que passe a ganhar dinheiro e o faça sempre com a mesma linha editorial, isso é, com independência", frisou.
O que, reconhecidamente, não acontece. Mesmo quando a mente delirante do director diz que o Público não publica notícias encomendadas...
Por favor, não façam de nós estúpidos, não????

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Venha o diabo e escolha...

Ora, então, aqui vai o relato de um drama que vivo há alguns anos.
A saber: "comprei" uma casa que, segundo a Câmara Municipal de Matosinhos, entidade que licenciou o projecto e emitiu a licença de habitabilidade, se situa na freguesia de São Mamede de Infesta. Para a Conservatória do Registo Predial e para as Finanças, o imóvel em questão é "mamedense".
Porém, para as as juntas de freguesia, a área em questão situa-se em Leça do Balio.
Desde já fica o aviso: Guilherme Pinto, Narciso Miranda (este com responsabilidades acrescidas) ou José Guilherme Aguiar vão ter de descalçar a bota. Melhor dizendo: vão ter de me esclarecer...
Felizmente que, para quem como eu, natural de Paranhos (Porto), pouco me importa morar em S. Mamede ou Leça do Balio. No primeiro caso porque seria/sou mamedense; no segundo porque seria/sou baliense. Venha o diabo e escolha...
Felizmente que José Leirós, candidato do PSD à junta, se dignou esclarecer-me quanto à nomenclatura dos lugares deste freguesia baliense. Por exemplo: Monte Grande, Agra, Pontelhas (é só trocar uma vogal e o género), Custió (qu'é isto?), Araújo (ver «O Primeiro de Janeiro» da década de 70 [*]), Monte do Vale (incongruência total.ou é monte ou é vale), Gondivai (podes ir indo que já te apanho), Recarei (sem comentários), Monte da Mina (haverá ouro?), Pedra Verde (lodo?), Ponte da Pedra (designação lógica e com alguma dignidade), Mainça (????), Arroteia (flatos garantidos), São Sebastião Santeiro (será o do Roque?) e Santana (querem ver que o Lopes estendeu os tentáculos até Matosinhos?).
Pois que este candidato não tem pejo em prometer uma "freguesia com emprego, limpa, com igualdade, moderna e com qualidade de vida e, last but not the least, uma freguesia com turismo e lazer».
"Sempre disse que estava aqui para ficar (...) Quem começou em 2001 volta a estar em 2009".
Obrigado José Leirós. Pelas promessas e, sobretudo, por me revelar o nome de lugares que desconhecia.
Mantenho, porém, a dúvida inicial: mamedense ou baliense?
Venha o diabo e escolha...

[*] Nesta altura faziam-se inquéritos de rua por tudo e por nada. Chovia muito? Fale-se com as pessoas. Ardia uma casa? Pergunte-se às pessoas. O José Manuel Fernandes é mentecapto? Cavaco deveria falar quando opta por estar calado? Cavaco deveria estar calado e opta por falar? Ferreira Leite é disléxica? Vão ouvir os portuenses... (esclareço que os exemplos são infelizes e, na altura, impossíveis. Porque tudo o que fosse PSD ou CDS era inatacável...)
Vai daí, a rapaziada passou a fazer os inquéritos de rua no Majestic. Inventavam-se uns nomes, outras tantas respostas e, pelo meio, lá aparecia o Araújo a opinar sobre matérias várias... Até Freitas Cruz ter descoberto a marosca...

Como é possível?

Depois de ter lido o texto de Joaquim Vieira, provedor do PÚBLICO, publicado no passado fim-de-semana.
Depois de ter lido que Vieira voltaria ao assunto no próximo domingo.
Depois de ter lido no blog do provedor (http://blogs.publico.pt/provedor/) todo o dossier das alegadas escutas do PS/Governo ao Presidente da República. Muito especialmente os esclarecimentos de Tolentino da Nóbrega...
Depois de ter lido tudo o que o DN publica hoje sobre o assunto.
Pergunto e pergunto-me:
Como é possível que José Manuel Fernandes continue como director do "diário de referência"?
Como é possível que a ERC, tão diligente no caso do "monstro", ainda não se tenha pronunciado?
Como é possível que o Conselho Técnico e de Deontologia do Sindicato dos Jornalistas permaneça em silêncio?
Como é possível que o senhor presidente da República permaneça em silêncio perante um caso desta gravidade quando se mostra tão célere a reagir e interferir em assuntos que extravasam a sua competência, incluindo temas próprios da campanha eleitoral?
Aguardo serenamente...

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Já agora...

Nos idos de setenta, trabalhava este que se assina num prestigiado matutino do Porto.
Falecido o proprietário, o jornal veio a cair nas mãos de um político profissional.
Para director chamou-se, então, um prestigiado jornalista da nossa praça.
Que, por sua vez, trouxe para a Chefia de Redacção um excelente profissional da sua confiança e um amigo, analfabeto congénito, mas fiel a seu dono.
O dito político assumiu funções governativas.
A partir dessa data, a primeiras páginas do prestigiado matutino do Porto eram acertadas entre o director e um então obscuro secretário de Estado, hoje cabeça de lista do CDS-PP pelo Porto.
Nomes?
Aqui vão: António de Freitas Cruz, director. José Rodrigo da Costa Carvalho, chefe de Redacção e autor das gravações áudio, divulgadas parcialmente numa comunicação apresentada ao II Congresso dos Jornalistas Portugueses. (Quanto ao amigo analfabeto congénito, não vale a pena gastar mais tempo)
Já agora, que têm a dizer sobre isto os doutos opinantes (!!!) do PSD, CDS e outros que tais?

O "monstro"

Repentinamente, a alegada campanha eleitoral ganhou uma nova protagonista.
Chama-se a dita, alegadamente jornalista, Manuela Moura Guedes, doravante apelidada de “monstro”.
Ora bem. Alegadamente, o dito “monstro” apresentava o bloco noticioso da TVI às sextas-feiras. Não porque fosse o mais competente, com boa dicção ou figura particularmente agradável. Não senhor.
Apenas e tão só porque é casada com o até há pouco director-geral da TVI e por ter um vencimento escandaloso, sendo por isso aborrecido estar sem fazer nada.
O “monstro” cedo se transformou num animal de causas. Quais? Qual a lógica? Por que razão?
Julgo que ninguém no seu perfeito juízo saberá responder a isto.
Sendo que me enquadro neste lote, sou levado a concluir que tudo não passou/passa de uma manobra de poder pessoal.
Acontece que a congénita má-criação do”monstro” incomodou muita gente. Incluindo o primeiro-ministro. Com razão. Porque todas ou quase todas as alegadas notícias que o “monstro” paria não passavam de reles processos de intenção.
Moniz, pai e marido do “monstro” cheirou-lhe que na TVI não tinha mais futuro. Ensaiou mal uma proto-candidatura ao Benfica. O que lhe ficou e fica mal, tendo em conta que semanalmente, pelo menos, invoca o seu portefólio.
Por outro lado, a Media Capital já estava farta dos gastos do Moniz. Vai daí arranjou e negociou uma saída airosa e multimilionária para o homem do portefólio.
Por seu turno, o “monstro” passou o Verão, coitadinho, entre uma clínica médica e todas as primeiras páginas das revistas cor-de-rosa. Ora se queixava de cólicas renais, ora exibia um físico (tosco) de plástico, ora anunciava o regresso do “seu” jornal de sexta-feira. No entretanto, ao PÚBLICO de outro ícone do jornalismo luso, o Fernandes, o “monstro” aproveitou para chamar uns nomes a quem lhe paga o vencimento.
E depois espanta-se, um escândalo, que chatice, que maçada, que aborrecimento, o “seu” jornal foi suspenso. Logo agora que havia tantas “cachas” sobre o Freeport, o Sócrates, o tio, o sobrinho, a mãe, a empregada, o cão e… já não sei mais quem.
Para concluir: o “monstro”, se não foi, deveria ser despedido com justa causa. Azeredo Lopes, da ERC, deveria estar caladinho e falar só e eventualmente, de assuntos que conhece. Porque, para ele e outros que tais, conto a seguir uma história verídica, da qual há testemunhas e gravações áudio…
Já agora: terá sido a TVI comprada pela PT? Será que o inquilino de Belém nada tem a dizer sobre isto? Ou será que anda muito ocupado com o jipe de diplomas enviado por S. Bento para promulgação, esquecendo-se o senhor que os seus governos foram muito mais prolíficos em época pré-eleitoral?

terça-feira, 1 de setembro de 2009

É qu'é mesmo já...

... a seguir.
Por terras do Minho, por entre brumas, nevoeiros, sóis que nunca mais acabam, "vigiado" por antepassados que por aqui moram, graças à "pen" que a santinha comprou, prometo regressar dentro de dias a este espaço.
Porque, em boa verdade, não me lembro de uma pré-campanha eleitoral tão obscura como esta...
E depois apetece-me dizer mal de alguns directores e de outros tantos jornais...
PS: Esclareço que só direi mal dos que têm provas dadas no jornalismo...

terça-feira, 14 de julho de 2009

Palma, RIP










Oitenta e sete anos. Vividos a mais de 200 à hora. Aventureiro-revolucionário, Hermínio da Palma Inácio morreu hoje ao princípio de manhã. Assaltou o Banco de Portugal na Figueira da Foz. Terá sido um dos ou, mesmo, o primeiro a desviar um avião civil neste caso da TAP, para lançar uns milhares de panfletos sobre Lisboa e arredores.
Preso não sei quantas vezes, Palma Inácio fugiu algumas tantas mas, o 25 de Abril ainda o passou na cadeia.
Em 1975 assisti a um comício da LUAR no Jardim do Marquês de Pombal, no Porto. Isto durante a campanha para a Assembleia Constituinte. A dado passo, um dos presentes lançou a boca: "Ó Palma, quanto é que gamaste no assalto da Figueira?"
Resposta pronta: "Mortágua [Camilo, seu amigo de sempre e companheiro de aventuras]mostra aí o livro!"
O livro era nem mais nem menos que um antigo e gigantesco livro de contabilidade onde eram anotadas as entradas e saídas de caixa. Claro que Palma Inácio tinha o seu inimigo de estimação: Emídio Guerreiro, seu ex-amigo e companheiro, já então desavindo.
Pouco importa. Morreu Palma Inácio. Lá se foi mais um do reviralho...

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Remake

«A eternização no poder lesa a sociedade. Muito mais se isso se passa num regime democrático. O poder, mesmo se sucessivamente sufragado pelos votos, corrompe. Não as práticas, mas o espírito da coisa. É por isso que a génese das democracias parlamentares assenta na alternativa. Um líder, digno desse nome, deverá ter a humildade e lucidez de sair na altura própria. Mesmo que, para tal, deva designar um herdeiro.
É por isso que o PS continua a ser um caso peculiar no panorama político português. A capacidade dos socialistas em minar tudo aquilo que laboriosamente conquistaram não deixa de ser notável. E o Porto não deixa de ser um verdadeiro laboratório.
Em rigor, o PS/Porto não passa de caso psiquiátrico. Ganhou, perdeu, e voltou a ganhar a segunda câmara do país. Primeiro por mérito próprio, depois por demérito dos adversários. Agora, em nome de um aparelho caduco, politicamente muito pouco culto e esclarecido, prepara-se, voluntariamente, para voltar a perder influência na cidade do Porto. E ninguém, no seio do PS, conseguiu reflectir porque razão o dr. Fernando Gomes, para se fazer eleger presidente da Câmara do Porto, impôs ao seu próprio partido uma lista de independentes.
A verdade é que, em Portugal, o PS é verdadeiramente o paradigma da democracia. Então não é que, estatutariamente, as comissões políticas concelhias têm um peso decisivo na escolha dos candidatos às câmaras?
É por isso que a actual situação no PS/Porto é, no mínimo, hilariante. O aparelho concelhio do partido, há anos sob as ordens do mesmo presidente, beneficiando agora da capa protectora de um governante – um ajudante de ministro, como diria Cavaco – prepara-se para reconduzir o mesmo líder. Um político, cito, com um “brilhante currículo”, que ficou conhecido na cidade por ter sido obrigado a pedir desculpa por utilizar uma primeira página de um diário no caso do Jacob Maersk, aquele destroço de navio que adornou durante alguns anos o Castelo do Queijo.
Assim, perpetua-se um líder e inviabiliza-se uma urgente renovação no PS/Porto e na câmara que domina.
De facto, em termos regionais, e plagiando um recente militante, o PS é, mesmo, um partido muito pouco atraente…»

(texto escrito a 16 de Fevereiro de 2001 para uma crónica na Rádio Nova)

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Falta de memória

Terminaram os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito ao Sistema Bancário, designação eufemística da “crucificação de Vítor Constâncio”.
Por princípio, defendo a existência de comissões parlamentares de inquérito. No entanto, em determinados casos, como este, dada a sua natureza eminentemente técnica, acho que tudo não passa de uma perda de tempo e recursos e, não raro, de um exercício de baixa política.
Claro que o Banco de Portugal (BP) falhou quanto à supervisão do sistema bancário. No entanto, a história recorda-nos outros casos tão interessantes como estes contemporâneos – BCP, BPN e BPP.
Comecemos por Tavares Moreira, ele mesmo um ex-governador do BP.
José, de seu nome, presidiu ao Central Banco de Investimento que, após manobras pouco transparentes e, sobretudo, dignas e legais, faliu. Os prejuízos disto tudo foram assumidos pela Caixa Central de Credito Agrícola Mútuo.
O BP aplicou-lhe uma punição de inibição de exercer funções no sector durante 7 anos. Claro que, quanto à matéria jurídica, Tavares Moreira vai ganhar tudo, já que a (eterna) prescrição se avizinha.
Não me lembro de nenhuma comissão de inquérito quanto a este caso…
BCP. O assunto começou quando um governo de Cavaco Silva decidiu vender o Banco Português do Atlântico a Jorge Jardim Gonçalves & Friends. Alguém se lembrará das palavras de Belmiro de Azevedo sobre este assunto?
BPN. Oliveira e Costa foi secretário de Estado de quem? Respondo: Cavaco Silva. Dias antes de sair do Governo, Oliveira e Costa concedeu vários perdões fiscais a uma série de amigos do distrito de Aveiro. Todos eles altamente suspeitos e, no mínimo, (a)legais. Blá blá, blá…
Há quantos anos andam nas bocas do mundo as negociatas do BPN? Muitos. A tal ponto que Cavaco Silva se viu na necessidade de esclarecer o “povão” de que nunca tinha tido nada a ver com o BPN. Esqueceu-se de dizer que tinha sido accionista da SLN – holding proprietária do BPN – e que, no espaço de pouco mais de um ano tinha mais que duplicado o capital investido…
BPP. Assunto de Saviotti, Balsemão e outros que tais. Só entra no jogo da bolha quem quer. Que vão bardamerda. Só lamento alguns clientes, Jorge Jesus incluído…
….

Negócio PT/Prisa. Basicamente estou-me nas tintas. Mas como a dra. Ferreira Leite & Cia parecem necessitar de “fosgluten ou fosforoferrero”, aqui vai. Com que então o PSD nunca tentou influenciar os “media”?
Pronto, está bem. Então quem deu ordens expressas ao presidente do Conselho de Administração da RTP para nomear o jornalista-correspondente em Madrid? Acto que ditou a demissão do director de Informação?
Levanto um pouco do véu: é um moço que (agora) muito bem vestido e melhor penteado aparece ao lado da líder do PSD…
E mais: a nomeação de Luís Delgado para a administração da PT foi o quê? Um prémio à competência profissional? Ou o pagamento de inenarráveis favores?
Muito poderia dizer sobre isto, incluindo a RTPN. Mas, agora, vou ali beber uma Bohemia que já tenho a boca seca de tantos palavrões dizer…

sexta-feira, 3 de julho de 2009

ADN

Estou farto de ver torneios de ténis na televisão. SportTV, entendamo-nos. Um negócio de Joaquim Oliveira-(então) PT que, se calhar, o PSD de Ferreira Leite/Cavaco Silva poderia ter questionado. (Já terão, assim, identificado alguns dos meus ódios de estimação)
Passado este intróito, continuo sem perceber como é possível que as irmãs Williams continuem inscritas em torneios femininos.
Desafio desde já qualquer jogador masculino, entre os 10 primeiros do ranking, a vencer uma partida frente às "gunas" Williamas.
Se alguém achar que o ténis feminino não deve ser visto, então continue a transmitir os jogos dos manos, perdão, manas Williams.
Já agora: os testes anti-dopping englobam a identificação do ADN?

PT

Volto em breve à PT.
Para recordar à drª Manuela Ferreira Leite algumas coisas e outras tantas gentes. À cabeça Luís Delgado...

...que conseguiu vender à empresa na qual "trabalhava" um jornal on-line falido...

Vómito

Repentinamente, eis que me entra porta adentro - via tv, é claro - a figura de Agostinho Branquinho, um obscuro deputado do PSD, eleito pelo Porto, hoje transformado numa figura de proa.
Branquinho decidiu queixar-se da RTP. Porque a estação pública trata mal ou não trata as posições, opiniões, espirros, tosses, resfriados, diarreias e outras maleitas que tal do PSD.

Ora Agostinho Branquinho notabilizou-se como jornalista da RTP. Onde, aliás, a sua isenção, o seu rigor informativo, o respeito pelo Código Deontológico, assiduidade e pontualidade eram bem conhecidas.

Depois, já como político e empresário criou uma ou duas empresas de sucesso que, ainda hoje, andam nas bocas do mundo.

É por estas e por outras que, quando ouço Agostinho Branquinho falar de jornalismo e critérios jornalísticos, no mínimo, vomito.

E nada mais digo...

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Assuma-se p.f.

Esclarecimento prévio.

Nunca gostei de Cavaco Silva. Em nenhuma circunstância. Aliás, vistas bem coisas, o homem tem o condão de me irritar. Principalmente depois da mudança de nome da sua terra natal, Poço de Boliqueime para Fonte de Boliqueime. Ponto final.
Já agora se fosse possível, gostaria que Paranhos se transformasse em Paranhos Village...

Cavaco Silva sempre soube - não sei se por iniciativa própria - vender a sua imagem. Rigor, seriedade, asceta, isento de vícios, adepto do "corte à francesa", ex-accionista da SLN, nunca se pronunciou sobre o "caso BCP", sempre que quer saber alguma coisa chama os protagonistas e informa-se, enfim, temos um presidente Betadine....

Ora a realidade é bem diferente. Sobre a SLN/BPN, o douto foi obrigado a explicar-se publicamente duas vezes. Nem mesmo o amigo Fernando Lima, ex-DN e ex-PT, o conseguiu ajudar. Nem mesmo o diário de referência.

Quanto ao caso BCP, a verdade é que Cavaco foi deixando cair aqui e ali algumas palavras sibilinas. Tem razão quando diz que nunca se pronunciou especificamente sobre o caso. Mas que falou dele, falou. Talvez para ajudar o amigo Tavares Moreira (1)...

O melhor estava para vir. Pelos vistos, a PT preparava-se para comprar 30% da TVI. Alegadamente para, a mando de Sócrates, correr com José Eduardo Moniz - já lhe tinham arranjado um tacho no Benfica, depois na própria PT - e, naturalmente, despachar o "monstro" do jornalismo luso que dá pelo nome de Manuel Moura Guedes.

Sua Excelência decidiu discutir o assunto em público - estava em solo estrangeiro - e repetiu a pergunta que horas antes Manuela Ferreira Leite havia formulado. Se isto não é entrar em campanha eleitoral, vou ali e já venho.

Nada tenho contra isso. Mas, ao menos, que o faça de um modo assumido. Permaneço sentado à espera disso.

Apesar das sondagens que dizia possuir mas ninguém conhecia, Cavaco separou as eleições. Deve ter sido uma das suas mais difíceis decisões...

(1) Inibido pelo BP de exercer actividades no sector bancário. No caso em questão não foi só ele. José de Lemos, do PS, foi igualmente punido. E nunca se queixou publicamente...

BPN

A candura exibida por Dias Loureiro à saída do DCIAP onde foi inquirido sobre o caso BPN causa-me um profundo incómodo.

A tal ponto que, das duas uma:

ou o homem é completamente idiota, o que não se me afigura credível ou possível;

ou o homem se prepara para nos endrominar a todos;

ou, então, pede asilo a Espanha, já que com tais e tamanhas amizades...

Ao contrário de outros casos, em que o silêncio deveria ser norma de conduta, o enjoado inquilino de Belém sobre este nada diz...

Bye Bye Pinho

Parece que, afinal, Manuel Pinho não era assim tão mau ministro. Tecnicamente falando, é claro. Admitamos que o homem, dentro do gabinete e em reuniões restritas possa ter revelado dotes surpreendentes.
Mas reagir desta maneira,


a uma simples e habitual provocação é, no mínimo, surpreendente.

José Sócrates fez bem em aceitar a sua demissão. Embora tenha a certeza que o inverso é a verdade.

domingo, 28 de junho de 2009

Uma centena







100 vitórias em categorias tão díspares como 125/250 cc e Moto GP é um palmarés apenas digno do melhor piloto de sempre em duas rodas. Só ao alcance dos verdadeiros eleitos.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Surpresa

Ontem ao jantar fiz uma experiência. Apenas bebi Vinho do Porto.
Vejamos:
Fonseca Siroco com tostas embebidas em azeite.
Taylor's Select Reserve com tostas e queijo da Serra.
Croft 10 anos com tostas e compota de abóbora.

Passemos à libação propriamente dita:

Chip Dry Porto da Taylor's com uma sopa de tomate.

Croft Tawny 10 anos com um bacalhau.

À sobremesa (gelado, pudim uma compota) vieram um Romariz Vintage Clássico de 2000 e um Tawny 20 anos da Croft.

Desde já confesso que tinha grandes reservas quanto a isto, mas o resultado final, devo dizê-lo, foi magnífico.

Se Ridley Scott fosse bruxo...

...os replicants de Blade Runner poderiam ser bastante mais divertidos.


Agora a sério.


Em termos musicais, nada me ligava a este andróide.

Reconheço que quanto ao aspecto cénico, o dito não me era indiferente.

Mas pronto. Este já se foi. Ainda restam mais alguns...

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Se isto for verdadeiro

«Eu axo q os alunos n devem d xumbar qd n vam á escola. Pq o aluno tb tem direitos e se n vai á escola latrá os seus motivos pq isto tb é perciso ver q á razões qd um aluno não vai á escola. primeiros a peçoa n se sente motivada pq axa q a escola e a iducação estam uma beca sobre alurizadas.

Valáver, o q é q intereça a um bacano se o quelima de trásosmontes é munto montanhoso? ou se a ecuação é exdruxula ou alcalina? ou cuantas estrofes tem um cuadrado? ou se um angulo é paleolitico ou espongiforme? Hã?

E ópois os setores ainda xutam preguntas parvas tipo cuantos cantos tem 'os lesiades', q é um livro xato e q n foi escrevido c/ palavras normais mas q no aspequeto é como outro qq e só pode ter 4 cantos comós outros, daaaah.

Ás veses o pipol ainda tenta tar cos abanos em on, mas os bitaites dos profes até dam gomitos e a malta re-sentesse, outro dia um arrotou q os jovens n tem abitos de leitura e q a malta n sabemos ler nem escrever e a sorte do gimbras foi q ele h-xoce bué da rapido e só o 'garra de lin-chao' é q conceguiu assertar lhe com um sapato. Atão agora aviamos de ler tudo qt é livro desde o Camóes até á idade média e por aí fora, qués ver???

O pipol tem é q aprender cenas q intressam como na minha escola q á um curço de otelaria e a malta aprendemos a faser lã pereias e ovos mois e merdas de xicolate q são assim tipo as pecialidades da rejião e ópois pudemos ganhar um gravetame do camandro. Ah poizé. tarei a inzajerar?»


Alegadamente, trata-se de uma composição "escrita" por um aluno do CEF-9ºANO...

Não comento. Mesmo!...

quarta-feira, 10 de junho de 2009

3 anos


Há três anos, não imaginava que fosse assim... Mas os pregos do 21 estavam bons, não estavam Ivo?

Notas soltas

Alguns clientes do BPP continuam acampados na sede lisboeta da instituição. Fazem bem. A casa não me parece má de todo. Apenas continuo sem compreender por que razão os mesmos clientes e outros que tais, não e instalam em casa de João Rendeiro, Stefano Saviotti, Pinto Balsemão e outros (enormes, gigantescos) vultos da economia lusa.
Noto, ainda, que neste caso ainda ninguém foi preso. Fantástica investigação!
PS: Felizmente que Jorge Jesus já acertou tudo com Luís Filipe Vieira...

Cavaco Silva vai finalmente homenagear Salgueiro Maia, considerado o mais puro dos capitães de Abril. No âmbito das comemorações do 10 de Junho, em Santarém, o Presidente da República irá depositar uma coroa de flores junto à estátua de Salgueiro Maia. Há vinte anos, quando era primeiro-ministro, Cavaco Silva recusou-se a conceder àquele militar uma pensão "por serviços excepcionais e relevantes". A atitude do então chefe do Governo provocou um sonoro coro de protestos, tanto mais que foi conhecida aquando da concessão de uma idêntica pensão a dois inspectores da extinta PIDE/DGS. Em 1988, o próprio Salgueiro Maia requereu a concessão de uma pensão destinada a contemplar os chamados "serviços excepcionais ou relevantes prestados ao país". A atribuição daquela pensão dependia obrigatoriamente de um parecer favorável do Conselho Consultivo da Procuradoria Geral da República. Com data de 22 de Junho de 1989, o parecer, votado por unanimidade, sublinhava que "o êxito da Revolução muito ficou a dever ao comportamento valoroso e denodado daquele que foi apelidado como o grande operacional do 25 de Abril".
Enviado ao primeiro-ministro e ao ministro das Finanças, o parecer nunca foi homologado.
Esta recusa só viria a ser conhecida três anos depois, quando o executivo de Cavaco concedeu a mesma pensão a dois inspectores da extinta PIDE/DGS, António Augusto Bernardo e Óscar Cardoso.
Esta estranha dualidade de critérios do Governo provocou uma enorme tempestade política, que culminou com um polémico processo judicial instaurado pelo Supremo Tribunal Militar contra Francisco Sousa Tavares, devido à virulência das críticas que fizera na sua coluna no jornal "PÚBLICO", então dirigido (et pour cause...) por Vicente Jorge Silva.
O então Presidente da República, Mário Soares, também se demarcou ostensivamente. Dois meses depois dos dois ex-pides serem agraciados, Soares escolheu o Dia das Forças Armadas para condecorar, já a título póstumo, Salgueiro Maia com a Ordem Militar de Torre e Espada.
A escolha não foi por acaso: era a única condecoração portuguesa que dava direito a uma pensão...

Mas nem tudo é mau. Cavaco vetou a lei de financiamento dos partidos políticos. Fez bem. A lei foi aprovada por todos os partidos. António José Seguro votou, e bem, contra. Mal foi conhecido o veto, apreciei particularmente Paulo Rangel que tratou logo de sacudir a água do capote. Já agora: Ferreira Leite não reúne com o líder parlamentar? Não discute e eventualmente impõe orientações políticas ao grupo parlamentar? Então, em que ficamos?
E no PP? O amado líder é ou não deputado?

Parece que o Tavares do BE sempre vai de vela virada...

terça-feira, 9 de junho de 2009

Obra dos diabos

Não é que este espaço nasceu a 28 de Maio?
T'arrenego, satanás!...

segunda-feira, 8 de junho de 2009

"Ganda malha"...

Parece que o dr. Dias Loureiro poderá, a breve prazo, ser candidato ao Rendimento Mínimo Garantido. Não tem bens em seu nome. É só presidente de uma empresa de consultoria. Que, aliás, se comprometeu a ceder à prole.

Ao fim de várias semanas de rumores, Cavaco Silva decidiu esclarecer aquilo que todos sabiam. Num intervalo da sua carreira política. Cavaco Silva e a filha, compraram acções da SLN, proprietária do BPN, então (também) administrado pelo ex-conselheiro de Estado, para tal nomeado pelo próprio PR.
Durante semanas, Cavaco apenas jogou com as palavras. De facto, ao que se sabe, nunca foi accionista do BPN ou teve/terá tido negócios com esta associação de malfeitores (para mim mais inocente que a do BPP de João Rendeiro, mas isso são outras contas). Esqueceu-se apenas, ou deliberadamente omitiu, que foi accionista da SLN. Ficou por explicar como é que, em apenas dois anos, as suas acções da SLN, não cotadas em bolsa, foram compradas a €1 e vendidas a €2,4.
Até eu gostava de fazer um negócio assim...

Eleições? Quais eleições? Que eleições?...

.1 - Parece que Portugal foi a votos no passado domingo. Suspeito, já que este que se assina lá foi depositar o papel na urna. Por falar nisso, quem votou terá reparado no número de partidos/agrupamentos/facções/grupos de amigos e outros clubes que tais, constantes do boletim de voto?
.2 - Pronto. Partindo do princípio que Portugal foi a votos, espero muito sinceramente que Bloco de Esquerda eleja o seu terceiro eurodeputado. Sabem porquê? Porque, finalmente, deixarei de aturar o Rui Tavares na última página do PÚBLICO. Já agora: os bloquistas poderiam contratar para o gabinete de Bruxelas outro conceituado cronista do mesmo periódico, de nome Eduardo Cintra Torres. Nosso Senhor os leve para longe...
.3 - Assim seja. A pedido de um leitor, aqui vai o "rescaldo" do dito dia.
.4 - Três vencedores: Paulo Rangel e Nuno Melo e a esquerda-caviar do BE. Perdemos dois bons deputados cá. Em Bruxelas/Estrasburgo não sei mesmo o que poderemos esperar deles. (No lote dos vencedores, lamento, mas não incluo Manuela Ferreira Leite ou Paulo Portas) Quanto ao BE, o assunto é outro. Este agrupamento político ainda é demasiado pequeno para enfrentar problemas internos, embora o período que antecedeu o congresso já tenha fornecido algumas indicações interessantes. No dia em que o BE consiga eleger dez deputados, não duvidem que pró-comunistas, trotsquistas, outros maoístas e alguns poucos vindos de formações estalinistas e leninistas, albanesas e outras que tais, tratarão de liquidar esta força cuja única vantagem é uma postura tão demagógica como eficaz.
.5 - Dois derrotados. José Sócrates e o PCP mai-las melancias do PEV (verdes fora, vermelhos dentro). Sócrates escolheu um candidato fraco. (Esta afirmação nada tem a ver com o arzinho de Gepeto de Vital Moreira). A candidato fraco, não há líder que valha. Depois, o PS está desgastado pela governação. Mais, há erros estratégicos que são imperdoáveis, numa máquina partidária tão experiente. Mas, depois de ver, pela 8001 (ózinho pequenino) vez o "funcionário Ferreira" a organizar comícios, reuniões, passeios e jantares, estamos entendidos... (Esta é para os mais velhos) Quanto ao PCP, uma vez mais insistiu numa candidata local (Norte e, sobretudo, do Porto) pouco habituada a passar uma mensagem ao público. Perderam para o BE? Nada preocupante...
.6 - É um erro crasso pensar que este acto eleitoral, se é que aconteceu dada a esmagadora abstenção, pode indiciar algo para as legislativas e para o futuro do PS. Porque, desenganem-se todos quantos pensam que José Sócrates não sabe de cor o discurso da utopia, da demagogia barata, de promessas irrealistas e outras idiotices que tais.
.8 - O mesmo não acontecerá nas autárquicas. Aqui, sim, o PSD pode desde já encomendar as faixas de campeão. Também com Narciso Miranda mais Renato Sampaio e outros que tais...
PS: Por motivos profissionais, criei uma relação pessoal com ambos, de quem sou até amigo. Mas há alturas em que é digno abandonar. Caso contrário, cheira logo a tentativa de arranjar um novo tacho... (Santana Lopes é disso o exemplo acabado)

terça-feira, 2 de junho de 2009

Vai uma aposta?...

...Que, até domingo, dia 7 de Junho, um dos mais brilhantes jornalistas do PÚBLICO, um dos tais que vale o que ganha, mas escreve 10 vezes num ano - vá lá que consegue um desk razoável, ou contrata fora do universo de JMF - vai produzir um texto ao nível da Guedes da TVI, gerador de uma manchete que, uma vez mais, envergonhará o provedor do Leitor e o levará a pedir desculpas? No blog e não nas páginas do diário, como deveria ser.

Mas ninguém é responsável?

O que se passa no Banco Privado Português é inacreditável.
Nunca por nunca o Estado deveria ter socorrido uma instituição vergonhosa, cujos responsáveis continuam a andar por aí como se nada se tivesse passado. Suspeito, pois claro, que não tarda andarem a monte...
Quero lá saber do Rendeiro, do Saviotti, de Balsemão e outros que tais.
Quanto aos pequenos depositantes, meus caros. Paciência!
Costumo dizer que quando "a esmola é grande o probre desconfia". Este ditado serve para tudo. Se me vierem oferecer um BMW novo a metade do preço, desconfio logo: "Foi gamado na Ucrânia!..."
Se me vieram propor um negócio em que dou 1000 euros e, passados doze meses recebo 2000, digo: "Este anda a vender coca!..."
Serve isto para dizer que, dos meus impostos, para o BPP nada!
O mesmo digo em relação do BPN.
Chega de ladroagem!
PSI: Já agora. Porque é que os manifestantes não invadem a residência do Rendeiro, ÚNICO RESPONSÁVEL por aquela associação de malfeitores?
PSII: Parece que as colecções de arte destes receptáculos de dinheiro e negócios muito pouco claros, são apetecíveis. O Rendeiro comprou [com dinheiro alheio], vendeu ao BPP e encaixou a guita numa offshore. Avaliou o dito espólio por um valor três vezes superior ao do mercado. E ainda tem o desplante de dizer que a Sotheby's não sabe o valor das ditas obras.
Ao menos, Oliveira e Costa é, apesar de tudo, mais digno. Distribuiu umas telas da Vieira da Silva pelos amigos. Mas também se lixou (?). Está num quarto de primeira, cama-mesa-e-roupa-lavada de borla [à minha custa, pois claro], já que as refeições deverão ser fornecidas pelo "Eleven" ou outro que tal.

Devo andar distraído

A primeira campanha eleitoral que recordo, data de 1975. Constituinte, pois claro. Nessa altura, difícil, andei de comício em comício, reunião em reunião, participei em intermináveis conversas com gente situada nos antípodas. Enfim, foi uma festa.
Depois, porque fui pastar para o hemisfério sul - hei-de voltar lá - falhei as primeiras legislativas e, assim o julgo, as autárquicas.
Depois, pessoal e profissionalmente, foi um "ver-se-te-avias". Houve de tudo e para todos os gostos.
Não falhei uma.
Envolvi-me pessoalmente numa, onde trabalhei como um cão, mas da qual não escrevi um único texto. Julgo que o fiz na noite da vitória...
Verifico hoje que devo andar distraído. Será do Famous Grouse/Cutty Sark, Alvarinho do Mini Preço (passe a publicidade, mas grande qualidade a preço incrível) ou por outro motivo que não consigo detectar.
Parece que anda por aí uma campanha eleitoral. A sério? Onde? Nos jornais? Na rua? Na caixa do correio? [Aqui, só mesmo o eterno Narciso Miranda me chateia...]
Ouço e leio alguns vultos da República, incluindo Cavaco Silva que me aconselhou a não ir de férias no próximo fim-de-semana. [Fique V. Exa. descansado que não sairei do distrito do Porto].
Dentro de 36 minutos será quarta-feira. Têm os candidatos 72 horas para (me) mostrarem o que valem...
...Porque, até ver, entre Portas e Rangel...
PS: atenção que isto não é nenhum apelo ao voto...

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Outro registo

Vejo, revejo, rerrevejo, rerrerrevejo o golo de Messi.
Não sei se me agrada mais o cruzamento milimétrico de ????, ou a posição do melhor jogador da actualidade.
Já agora: pelas entradas, pela postura e pelas birras, Cristiano Ronaldo deveria ter sido expulso. Mas isso nunca será possível com aquele paquiderme francês (Michel Platini) à frente de UEFA.

O relativo de Guimarães...

Perdoem-me o vernáculo...
Mas depois da merda que arranjou, o douto desembargador do Tribunal da Relação de Guimarães ainda tem o desplante de comentar publicamente um acórdão de que foi relator?
Vão pró real c......
PS: evidentemente que o douto não poderá nunca ser responsabilizado pelos seus actos. Mas, ao menos, que seja compulsivamente jubilado. Os impostos que PAGO - ao contrário de outros que por aí andam - também servem para isso.

Os enjoados...

Confesso que tenho - sempre tive - grande dificuldade em aturar Cavaco Silva. Sempre o vi como um político medíocre, um enjoado com a sociedade, com um umbigo do tamanho do mundo. Mas, devo reconhecer, protege os amigos até aos limites da decência.
Vem isto a propósito de demissão de Dias Loureiro - quanto aos outros já lá iremos, Gaspar - do Conselho de Estado.
Vamos lá a ver.
Dias Loureiro, enquanto dirigente do aparelho do PSD - não é só o PS e o PCP que têm disto -, usou e abusou do nome do "chefe" para angariar fundos para o partido.
Já agora: alguém se lembra das faustosas campanhas eleitorais do PSD na década de 80 do século passado?
Já agora II: quem se lembra da fabulosa manchete do EXPRESSO: «Pai, sou ministro!»...
Isto diz tudo sobre a personalidade de Dias Loureiro que o enjoado inquilino do Palácio de Belém continua a proteger como se de um filho se tratasse.
Pois!
Imaginemos que o moçoilo recupera a memória e começa a falar...
PS: os fretes que a SIC e o PÚBLICO lhe continuam a fazer diz bem do poder que o moçoilo tem...

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Barça!

Mais logo verei a final da Liga dos Campeões.
E, ao contrário de tantos e tantos pacóvios que por aí andam, torço pelo Barcelona.
Até porque acho o Messi incomparavelmente melhor jogador que o Ronaldo...

Loureiros

Já não bastava o Dias. Agora temos o Hermínio. Que, ao que sei, junta, sem qualquer problema, dois cargos: deputado à Assembleia da República e presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional. Não contente com estas duas funções, dois serviços públicos, apenas compatíveis/acessíveis aos possuidores do dom da ubiquidade e desconhecedores da figura do "conflito de interesses", Hermínio Loureiro é, agora, candidato do PSD à Câmara de Oliveira de Azeméis. Confrontado com esta multiplicidade de funções, o pascácio ainda esboça um sorriso serôdio frente às câmaras televisivas..

terça-feira, 26 de maio de 2009

O Lopes de mota, os oliveiras e um rendeiro, sem fios, pois claro!...

Declaração prévia de interesses:
nunca conheci o Lopes que anda de mota e que incomoda e pressiona (?) os doutos procuradores do Ministério Público.
Quanto aos oliveiras, a história é outra.
Assim sendo,
Vamos admitir que o procurador Lopes da Mota falou com os doutos ex-colegas do MP sobre o caso Freeport. Admitamos que lhes terá dito que o Governo em exercício gostaria de ver tudo esclarecido no mais curto espaço de tempo possível - leia-se, seguramente antes de 2022. Aceitemos que o douto terá dito que o Sócrates e o Costa andavam e andam ref......s com esta história toda.
Que fizeram os doutos encarregues do inquérito ao Freeport? Aceleraram o processo? Fumaram mais um charuto? Jantaram mais um sushi? Não, de todo. Queixaram-se de intoleráveis pressões.
Assim anda a nossa justiça. A minúscula é propositada.
É por estas e por outras que, em minha (não) douta opinião, urge acabar com todos os lobbies - reparem bem como conheço do acordo ortográfico - na justiça. E, assim como não quer a coisa, acabar/suspender o procurador-Geral da República. Embora, vistas bem as coisas, depois do sinistro Cunha Rodrigues e do gato melado, este é um santo...

Vamos às oliveiras, começando pelo "e Costa".
Conheci-o pessoalmente enquanto "ajudante" de ministro (Cavaco dixit, lembram-se?) Não passava de um moço de recados, um artista de circo, igual a tantos outros que o distrito de Aveiro, neste caso, produziu.
O BPN não passa de uma associação de malfeitores onde pontuam e pontuavam pés-descalços da política inventados pelo cavaquismo, com óbvio conhecimento do próprio.
E que dizer do cavaquista de sempre, Dias Loureiro?
(Já agora: despedido telefonicamente por um vulto do jornalismo portuense, que vi ao longe na semana passada com uns paquidermes rançosos) fui indeminizado e bem através de cheques do BPN. A rosa de um bairro social do Porto que se cuide...)

O outro, simplesmente Oliveira Costa, Eduardo de baptismo, é um pequeno larápio. Auto-designado empresário, para mim um rematado vigarista, Eduardo Oliveira Costa (reparem bem não tem "e"), cria empresas à tripa forra, não paga a ninguém (Estado incluído) e anda por aí como se nada fosse... Aparece inclusivamente na televisão e falar da sua "Oliveirense". Já agora: imaginem que é o candidato do PSD à Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis. Um amigalhaço de antanho cuja única entrevista formal enquanto secretário de Estado do Desporto de Durão Barroso foi ao... Correio de Azeméis.

O melhor de todos é um tecelão, seguramente da Quinta da Marinha.

Basta!

No meio disto tudo, só um, o "e" é que está preso preventivamente?

Justiça?
Pressões?

Vão bardamerda!...

Reinício

Dentro de pouco tempo, muito pouco mesmo, regresso a este espaço (blogspot.) que (também) já foi meu..